Walewska não apenas se destacou como uma das centrais mais talentosas da história do vôlei brasileiro, mas também como uma atleta que fez uma escolha corajosa ao priorizar sua família em detrimento de uma carreira brilhante na seleção nacional. Ela poderia ter sido protagonista em uma equipe que conquistou dois títulos olímpicos consecutivos, mas optou por seguir um caminho diferente.
A decisão de Walewska de deixar a seleção foi motivada pela constatação de que estava perdendo momentos preciosos com sua família devido à intensa rotina de treinamento e competições. Morando longe do Brasil, ela mal tinha tempo para estar com seus entes queridos antes de voltar a se dedicar à seleção. Foi então que ela tomou a decisão de priorizar sua família.
Embora tenha se aposentado da seleção aos 28 anos, Walewska continuou a jogar até os 42, tornando-se uma ligação importante entre as gerações de atletas do vôlei brasileiro. Ela foi uma das principais jogadoras na histórica conquista da medalha de ouro em Pequim-2008, o primeiro ouro olímpico do vôlei feminino brasileiro.
Sua jornada incluiu medalhas de bronze, prata e conquistas no Grand Prix. Embora tenha sido convidada a voltar à seleção às vésperas dos Jogos Olímpicos de Londres, Walewska recusou, priorizando sua família e valorizando as relações que cultivou ao longo de sua carreira.
Walewska deixou um legado não apenas como atleta, mas como exemplo de coragem ao fazer escolhas que refletiram seus valores pessoais. Sua trajetória é um testemunho de que o sucesso no esporte não deve necessariamente vir à custa das relações familiares e do bem-estar pessoal.